21 novembro 2005

Na última quinta, estive ao vivo no Programa Receita de Casa da TV Local – Net Campinas.
Adorei a experiência, foi acima de tudo muito divertido.
Quero agradecer a atenção da Larissa, Rogério e a simpatia da Fernanda, apresentadora do Programa, além de deixar um abraço para o Srek que participou ativamente da entrevista.
E também a todos vocês que participaram com perguntas por telefone e email.
Aproveitando um dos assuntos levantados no programa, coloco abaixo um texto bastante interessante sobre a história das mulheres piloto no mundo.


História da Aviação Feminina no Mundo
Fonte: Women Aloft, by Valerie Moolman. Time -Life Books


O BALÃO
Elisabeth Thible, de Lyons, França, foi a primeira mulher a embarcar em um balão, em 1784. Ela foi a primeira passageira. O seu primeiro vôo foi também o seu último, porém seu entusiasmo contagiou várias mulheres que seguiram seus passos e tornaram-se profissionais do vôo com o balão.
Jeanne Labrosse, fez seu primeiro vôo solo sobre a França em 1798, seguida por Madeleine Sophie Blanchard que fez o seu vôo solo em 1805. Ficou famosa em vôos de demonstração. Ela foi nomeada oficialmente por Napoleão, "Aeronauta do Império" . Já em 1834 existia um total de 22 destemidas aviadoras.
Na Inglaterra, Margaret Graham trabalhou durante 30 anos levando passageiros em seus vôos e em 1886, a americana Mary H. Myers bateu o recorde de altitude, voando a 23.000 pés sem o auxílio de oxigênio.

O DIRIGÍVEL
Em 1903, a aviadora cubana Aida de Acosta pilotou o "Dirigível número 9" de Alberto Santos-Dumont , em Paris.

OS AVIÕES
Em 8 de março de 1910, a francesa Raymonde de Laroche, conhecida como Baronesa de Laroche , tornou-se a primeira mulher no mundo a receber um brevê do "Aero Club de France" pilotando o "Voisin".
No mesmo ano a belga Hélène Dutrieu recebeu sue brevê e ficou famosa ao fazer vôos de longa distância e batendo recordes de altitude. Inclusive na Itália, venceu uma corrida aérea onde era a única mulher.
Outras aviadoras surgiram, como a inglesa Edith Spencer-Kavanaugh e a primeira aviadora americana a voar solo, oficialmente, Bessica Reiche em 16 de setembro de 1910, em seu biplano. Ela recebeu a medalha "Primeira Aviadora da América", concedida pela Sociedade Aeronáutica dos Estados Unidos.
Harriet Quimby , a famosa aviadora americana que atravessou o canal da mancha em 1912, possuía o brevê americano número 1 e Matilde Moisant o número 2.
Na Alemanha, em 1912, Melli Beese inaugurou uma escola de pilotagem. Assim como ela, muitas treinaram homens para a Primeira Guerra Mundial, como a inglesa Hilda Hewlett e a americana Marjorie Stinson.
Durante a Primeira Guerra Mundial, algumas mulheres voaram como pilotos de reconhecimento. Na França, Hélène Dutrieu e na Rússia a Princesa Eugenie Mikhailovna Shakhovskaya.
Em 1921, duas mulheres se destacaram no cenário americano, Bessie Coleman e Laura Bromwell, ambas foram as primeiras mulheres negras a obterem brevê.
Logo após o vôo transatlântico de Charles Lindbergh, em 1927, muitas mulheres se propuseram a também atravessar o atlântico. Amelia Eahart, que obteve seu brevê em 1921, voou sobre o atlântico, como passageira, a bordo da aeronave "Friendship", em 1928. Ela participou de várias corridas e quebrou vários recordes.
Em 1931, Amelia fez seu primeiro vôo solo sobre o atlântico.
Em 1937, Amelia decolou da California com destino a ilha de Howland e desapareceu.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha e na Rússia, algumas mulheres se destacaram efetuando vôos para o campo de batalha e vôos de testes como Hanna Reitsch e Melitta Schiller. Hanna, famosa piloto de testes, recebeu de Hitler o título de "Flugkaptän" - Comandante de Vôo.
Marina Raskova, uma das pilotos russas mais experientes, foi chamada pelo alto comando para recrutar 3 regimentos de aviadoras. A Major Raskova formou pilotos nos caças YAK-1, YAK-3 e YAK-9. Elas faziam missões diurnas, noturnas, de combate e de bombardeiros. Valentina Grizodubova comandou 300 homens de um esquadrão noturno de bombardeiro.
Nos Estados Unidos, naquela época*, as aviadoras eram autorizadas a fazer apenas vôos de translado. Havia mais de 1.000 aviadoras americanas que faziam parte das WASPs, "Women's Airforce Service Pilots" que voavam desde AT-6 ao B-25.
No total, as WASPs entregaram 12.650 aeronaves de 77 tipos diferentes.
Próximo ao final da Guerra, as pilotos inglesas da "ATA" (Air Transport Auxiliary), transladaram centenas de aviões através do canal da Mancha.
Na Aviação Comercial Mundial, a primeira mulher a ser admitida como piloto foi Helen Ritchie, americana que ingressou em 13 de dezembro de 1934 na "Central Airlines".
A Segunda Turi Wideroe, foi admitida pela SAS em 1961.
Emily Howell Warner, foi admitida pela Frontier Airlines em 29 de janeiro de 1973.
Foi a primeira mulher piloto a fazer parte da ALPA (Air Line Pilots Association), assim como tornou-se a primeira Comandante de uma empresa aérea nos Estados Unidos. Trabalha na FAA (Federal Aviation Administration) e na United Airlines, como Gerente de Programas para a frota do B737.

* Hoje em dia, as pilotos militares americanas realizam missões completas, tanto apoio como combate.

14 novembro 2005

Como o povo gosta de desgraça, fico impressionada... hehehe
Mas como eu também sempre procuro atender os pedidos que recebo por email, lá vai.
Seguem as fonias do acidente da Varig Vôo 254, que caiu na Amazônia.

Lembro que os links são de um site muito bacana sobre aviação o Bianch.Com, vale a pena uma visita.

Leia o trecho da conversa e clique para ouvir.

Fonia 1
"Senhoras e senhores passageiros, é o comandante quem vos fala. Tivemos uma pane de desorientação dos nossos sistemas de bússola. Estamos com nosso combustível já no final ainda com 15 minutos. Pedimos a todos que mantenham a calma porque... uma situação como esta realmente é muito difícil de acontecer. Deixamos a todos com a esperança de que isso não passe de apenas um...um susto para todos nós... Pela atenção muito obrigado e... que tenham todos um bom final"
Clique aqui e ouça fonia 1


Fonia 2
Piloto em terra: "O Garcez, você não conseguiu ir pra Belém por quê?"Cmte. Garcez: "Não, é que eu não tinha a indicação de Belém: a bússola tava com outra proa e a gente foi... ficou andando entre Belém e Marabá e não conseguiu chegar a lugar nenhum agora tá indo pra Marabá e não tem mais combustível pra ir pra lugar nenhum, entendeu?"
Clique aqui e ouça fonia 2


Fonia 3

"O motor 1 acabou de parar... A gente vai ter que descer agora... Eu não vou poder falar mais que a gente vai se preparar aqui para o pouso, ok? Atenção tripulação preparar para o pouso forçado."
Clique aqui e ouça fonia 3

12 novembro 2005

Após o 11 de setembro tanto se falou das empresas aéreas americanas, e hoje ao ler esta matéria no site do Sindicato dos Aeronautas, rescolvi colocá-la aqui.
Enfim, a tempestade parece ter chegado ao fim...

Folha Online - 11/11/2005 - 15h39

United Airlines irá contratar 2.000 comissários de bordo em 2006

VINICIUS ALBUQUERQUE da Folha Online

A companhia aérea norte-americana United Airlines anunciou nesta sexta-feira que planeja contratar 2.000 comissários de bordo em 2006. É a primeira vez em que a empresa abre contratações em quatro anos.O anúncio veio menos de três meses depois de a controladora da companhia aérea, a UAL Corp, que passou três anos em concordata (proteção judicial contra ações de credores), ter conseguido uma extensão de prazo na Justiça para para apresentar um plano de reorganização financeira."Completamos, na essência, nossa reestruturação e estamos em posição melhor para competir", disse o vice-presidente-executivo e diretor operacional da United, Pete McDonald.
A vice-presidente de serviços de bordo da United, Jane Allen, disse que a empresa precisa de novos comissários para novos vôos, inclusive internacionais. A empresa também chamou funcionários que estavam em licença desde o mês passado e hoje já conta com 15.500 comissários na ativa.
A UAL informou ainda estar no prazo para sair da concordata no início de fevereiro do próximo ano.
O salário inicial dos novos comissários deve ficar entre US$ 23 mil e US$ 24 mil por ano, com direito a horas extras, disse a porta-voz da Associação dos Comissários de Bordo dos EUA, Sara Dela Cruz.
As inscrições para preencher as vagas devem estar disponíveis no site da empresa a partir do próximo domingo (13) e quem for contratado deve começar a trabalhar no início de março.

Com agências internacionais

10 novembro 2005

FINALMENTE AS RESPOSTAS QUE TANTO QUERÍAMOS!!!!


Primeiramente gostaria de agradecer o Sr. Armando A M de Carvalho, da Assessoria de Imprensa - Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), por ter gentilmente respondido às minhas perguntas.

Aproveitando o gancho da matéria abaixo sobre preconceitos, entrei em contato com o Sindicato dos Aeronautas questionando o problema de idade.
Leiam atentamente as respostas. Caso alguma escola não te aceite ou alguma empresa coloque este limite, entre em contato com eles no site:
Sindicato dos Aeronautas

Preconceitos quanto à idade dos Comissários:


Blog Comissária de Bordo: Por que as empresas aéreas não contratam comissários com mais de 30 anos?
SNA: As empresas que não contratam comissários com mais de 30 anos cometem um crime constitucional, incidindo, assim, em uma grande discriminação com aqueles que atingiram tal idade. O SNA, inclusive, já encaminhou denúncia a esse respeito ao Ministério Público.

Blog Comissária de Bordo: Por que as escolas só deixam matricular-se alunos com até 28 anos?
SNA: O Sindicato Nacional dos Aeronautas desconhece esse tipo de prática.
Caso isso, efetivamente, esteja ocorrendo, está configurado aí o mesmo ilícito praticado pelas empresas aéreas.

Blog Comissária de Bordo: Qual a justificativa ou explicação para isso?
SNA: O Sindicato repudia qualquer tipo de discriminação e, mais uma vez, frisa que desconhece posturas desse tipo.

Blog Comissária de Bordo: Existe algum argumento técnico para que comissários mais velhos sejam impedidos de voar?
SNA: Muito pelo contrário, os aeronautas de mais idade, além de acúmulo de experiência,possuem índices de abssenteísmo (falta ao trabalho) menores que os mais jovens.

Entrevista exclusiva para o Blog Comissária de Bordo.





Este texto foi publicado em 98 e vejam como ainda é atual.
Publicado em O Jornal da Tarde, 14/01/1998
As gordinhas no trabalho
José Pastore

A questão da discriminação no trabalho está longe de ser resolvida até mesmo nos países desenvolvidos. E isso me perturba muito. Não acho correto barrar pessoas competentes porque são desta ou daquela maneira. Afinal, o trabalho não é passarela de beleza.
No início de 1997, a Delta Airlines despediu um grande número de aeromoças porque estavam com excesso de peso. Achei injusto, mesmo porque estou dentre os que, há anos, vêm lutando, sem êxito, para tirar 10% de excesso...
Cerca de 20 aeromoças recorreram à Justiça pois, nos Estados Unidos há uma lei federal que proíbe vários tipos de discriminação nas relações de trabalho. Naquele país, já há advogados especializados na defesa de trabalhadores que são discriminados por motivo de obesidade (Obesity Law & Advocacy Center, San Diego, California).
Apesar de usar bem a lei e invocar todos os seus direitos, as aeromoças perderam a ação. A Delta Airlines convenceu o juiz de que o exagerado volume das funcionárias, além de ralentar seus serviços, não se ajustava aos exíguos espaços das aeronaves.
Não houve jeito. As gordinhas perderam o emprego e tiveram de pagar as custas dos advogados dos dois lados - o que fez emagrecer bastante as suas poupanças...
A obesidade nos Estados Unidos é um problema grave. Entre 1960-96, as pesquisas registraram um aumento de 33% na incidência desse mal. Na Inglaterra, o problema também se agrava: entre 1980-94, a proporção de obesos dobrou. Na Austrália, a população vem adicionando uma grama por dia. Nos últimos 10 anos, isso significou mais de 3,5 quilos!
é claro que um problema dessa natureza tem de ser resolvido no campo da saúde pública e não no campo do trabalho. Será que, com essa "demissão das massas", a Delta Airlines vai corrigir os hábitos alimentares do povo americano? Penso que não.
O Brasil também tem seus problemas de discriminação, sem dúvida. Mas, não desse tipo. Felizmente.
Há pouco tempo fiquei sabendo de um caso interessante nesse campo. O estilista Ocimar Versolato foi convidado pela VARIG para desenhar os novos uniformes das tripulações de bordo. Na hora de tirar as medidas, Versolato descobriu que as aeromoças da VARIG estavam todas acima da idade média para essa categoria profissional e, sobretudo, acima do peso (O Estado de S. Paulo, 18/11/97). Um cálculo apressado deu um excesso de 15 anos de idade e dez quilos de peso.
A empresa teria fortes razões econômicas para preferir aeromoças mais magras. Como são 3 mil aeromoças, os aviões da VARIG estão voando com um excesso de 30 toneladas. Trata-se de um peso apreciável para um tipo de transporte em que cada quilo de excesso é cobrado na base de 1% do preço da passagem de primeira classe.
Para economizar combustível, seria tentador contratar 3 mil manequins esqueléticos com 20% a menos do peso normal. Mas, pelo que sei, a empresa não cogitou disso e nem despediu suas dedicadas funcionárias.
Francamente, estou inconformado com essa marcação contra as gordinhas. A conduta da Delta Airlines mostra que as discriminações estão se tornando cada vez mais sofisticadas. Já foi o tempo em que o preconceito se limitava aos negros, mulheres, idosos, gays e deficientes. Hoje em dia, os preconceitos enveredam para aspectos mais sutis como é o caso do peso. Numa hora em que o emprego está tão difícil, é lamentável ver surgir mais um tipo de discriminação trabalhista.
Acho que nesse ponto sou antigo. Sei lá... Sou mais chegado à filosofia do Roberto Carlos que, com sua grande sensibilidade, soube dar o devido valor às gordinhas e as mulheres acima de 40... Abaixo os discriminadores do peso e da idade!

08 novembro 2005

Hoje em Campinas

Para você que é de Campinas e região, não pode ficar de fora da festa de lançamento do meu livro por aqui.
Vai ser um encontro de amigos, músicos e pessoal da aviação.
No encerramento terá um show da Banda Mandorová
Espero vocês por lá.

Celeiro Bar (Antigo Contramão)
Rua General Osório, 1849
em frente ao Pão de Açúcar do Cambui
Campinas SP
A partir das 19h00


Como foi em São Paulo????

Se você quer saber mais sobre o lançamento de São Paulo tem duas opções:

Blogs Brasil - versão oficial
A Hora do Click - versão não oficial

07 novembro 2005

Recebi este texto por email do comandante Ruy. Infelizmente não consegui descobrir quem foi o autor deste maravilhoso manifesto. Se alguém souber, por favor me avise.

Ser mulher de um piloto profissional é antes de tudo, ser uma especialista em extraterrestres.
Toda mulher que casa com um aeronauta entra para a aviação. Não tem como fugir. Ou a mulher aprende a falar a linguagem dos tripulantes ou torna-se a burrinha da história.
Considerados turistas bem remunerados, os aeronautas hospedam-se em hotéis cinco estrelas,conhecem os melhores restaurantes e criam hábitos sofisticados, independentemente de suas vontades.
Perambular por aeroportos nacionais e internacionais, conviver com outros povos e outras línguas, conhecer hábitos, artes, artimanhas, e todos eles com etceteras, suas cabeças são bombardeadas a cada vôo com novos e irregulares conhecimentos.
Daí, quando eles atravessam o saguão de um aeroporto com seus uniformes (que a maioria detesta), impecáveis e com aquele ar de quem vive num mundo inconsúltil e sabe das coisas, trazem consigo uma aura de grande romantismo e charme; podem até ser barrigudinhos e feios, o charme é inevitável.
São assediados e incentivados a ter aventuras amorosas, como qualquer marinheiro. Isso nao quer dizer que todo comandante seja amante da comissária. Há exceções, não mais que o médico com a enfermeira ou o chefe com a secretária.
De um modo geral, são ligadíssimos à suas famílias, que são seu lado terráqueo. Suas mulheres convivem com este risco, assim como convivem com o risco de verem um programa de televisão ser interrompido para darem a notícia de que "acaba de cair um avião, assim, assim, voltaremos em instantes com maiores detalhes."
Um dia, ao ouvir uma notícia destas, uma amiga casada com um comandante ligou horários e possibilidades e desesperou-se. Ligou para a companhia sem se identificar, pedindo mais informações sobre o acidente. Quem atendeu, tentando acalmá-la, disse: Minha senhora, não se preocupe, era só um vôo de treinamento. Morreram só os tripulantes.
Claro que eu não vou escrever o que ela disse ao informante.
Quando um piloto morre em vôo é porque alguma coisa o traiu. A máquina, a natureza a percepção.
Todo piloto morto voando, morreu à traiçao. Por isso, dói de forma diferente em todos os outros, sentir o companheiro traído - as vezes por tão pouco, apenas uma fração de qualquer coisa. Então sufoca e deprime, inquieta e magoa, ter toda a vastidão e depender de milésimos e milímetros. Daí talvez aquele algo diferente existente neles.
Quando eles chegam de um vôo, trazem nos sapatos a poeira do mundo, nos cabelos o pó das estrelas e nos olhos um cansaço cósmico. Penalizados pelo diferencial de pressão atmosférica e pelo fuso horário, sentem-se exaustos de imensidão.
Incompatibilizados com fronteiras, levam horas para adaptar-se ao micro dia-a-dia.
Metade gente, metade ficção nao podem, ao chegar de um vôo, serem recebidos de maneira prosaica.
Jamais os receba assim:
- O Jr. vai perder o ano!
-Roubaram aquele relógio que foi do seu pai !
-Hoje é dia 15 e o dinheiro já zerou !
De difícil convívio, fortes candidatos a neuroses e depressões, já saem do avião defasados de realidade. Mas esta realidade só pode ser ministrada em doses homeopáticas, sem o que, eles estuporam.
Contudo, nao há motivo para desesperar-se. Dentro daquelas inconfundíveis maletas que eles usam, você encontrará toques de carinho. Uma revista italiana, um bombom suíço, um perfume francês ou uma escultura nigeriana.
Também poderá ouvir frases assim:
- Estava com tantas saudades e tanta pressa em chegar que larguei todas as porteiras do céu abertas.
Outra coisa que também os mantém profissionalmente de rédea curta: os exames periódicos. Qualquer profissional, por mais importante e sofisticada que seja sua área, forma-se, faz mestrado, cursos, mas nunca mais um vestibular eliminatório. Com o piloto é diferente. Até os 40 anos, ele tem uma espécie de vestibular anual, depois desta idade passa a ser semestral. Lá vão eles para os rigorosos e altamente sofisticados exames - físico, psíquico e técnico. Todos sao eliminatórios. É mais uma dura realidade deste duro mundo aviatório. Cortados de vôo se nao preencherem 100% de cada requisito, eles tem uma segunda chance se, dentro de um rígido prazo estipulado pelo setor em que foram eliminados, conseguirem recompor-se integralmente.
Naturalmente, os leitores estao pensando:
-Mas é claro! A vida de muita gente depende das mãos e da cabeça destes senhores!
É...tudo bem! Então por que a sociedade é tao condescendente com os senhores médicos, senadores, deputados, vereadores e o até com o Rei? Por que nenhum candidato precisa fazer exame nenhum? Para fazer e acontecer com a vida e o dinheiro - não de alguns como os senhores passageiros, mas de todo cidadão, indefeso nas mãos deles. Por isso vemos o mundo nas mãos de incompetentes. Com raríssimas e honrosas exceções.
Pensem nisso.
Então, de repente ,os tripulantes tem que fazer greve para sobreviver decentemente. Um tripulante em greve por melhores salários é uma coisa tão absurda como se os aviões entrassem em greve por uma melhor manutenção. Para a segurança de vôo, nem tripulante, nem avião, podem ser mantidos com o mais ou menos; a sofisticaçao técnica e profissional só se mantém com o melhor. Cada dia mais.
Assim, se eu estiver viajando numa companhia na qual os aeronautas estejam fazendo "operação tartaruga", peço licença ao senhor comandante, pego o microfone e digo:
- Senhores passageiros, por favor desapertem os cintos saiam devagar, desçam a escada e corram. Procurem outra companhia, porque esta está economizando em cima de sua segurança..


E você aí, que de aviao só sabe quando olha para cima, saia de baixo...

06 novembro 2005

Lançamento em São Paulo

Antes de mais nada quero agradecer a presença de todos. Foi tudo muito bacana.
Para quem perdeu, terça dia 08 tem em Campinas.

Para conferir as fotos é só passar no Blogs Brasil, fazer seu cadastro lá, clicar na sessão de fotos e em seguida Encontros de Blogueiros, que você encontrará o link para o evento.

Se você é de outras cidades e quer comprar o livro, é só entrar na Livraria da Lua e fazer seu pedido.

04 novembro 2005

É AMANHÃ!!!!







MÚSICA AO VIVO COM TATIANA ROCHA (Blog Coisa Rara) E BRUNO SOTIL (Percussionista da banda Mandorová)

ESPERO VOCÊ POR LÁ!!!!!

03 novembro 2005

Contribuição de Antônio Lima

VOCÊ PRESTA ATENÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES DE SEGURANÇA FEITAS PELOS COMISSÁRIOS????

Conseqüências Sobre as Tripulações de Vôo

A pretensão de já conhecer todos os procedimentos, a total confiança na segurança da aeronave e até a crendice de que é impossível sobreviver a um acidente aeronáutico, faz com que muitas pessoas ignorem as instruções de segurança passadas pelos comissários antes da decolagem. Uma atitude que comprovadamente já causou fatalidades.
Os tripulantes comerciais enfrentam audiências difíceis quando executam sua rotina de explicar aos passageiros as informações sobre assentos flutuantes ou saídas de emergências. O descaso do público preocupa as autoridades que temem que preciosas informações capazes de salvar vidas estejam sendo desperdiçadas.
Um passageiro afirma que “... é inútil. Se o seu avião for se acidentar você irá morrer”. Atualmente, na verdade, as chances de se sobreviver a um acidente são razoáveis. Entrevistas com sobreviventes demonstram que muitos deles tiveram a presença de espírito de pôr em prática, em meio ao caos, as instruções recebidas dos comissários.
As instruções, obrigatórias há décadas, são vulgarmente ignoradas por pessoas que acham que estão fadadas à morte se a aeronave se envolver em acidentes; e por aqueles que consideram que já as sabem de cor. Os comissários muitas vezes tomam medidas quase absurdas para chamar a atenção dos passageiros mais distraídos.

O PATETA VIROU COMISSÁRIO???

Linda Rutherford, funcionária de uma empresa aérea baseada em Dallas, Texas, explica situações que fazem os comissários desempenharem papéis hilariantes a bordo. “ Alguns comissários levam ukeleles (guitarras havaianas) para o avião e cantam as instruções, para chamar a atenção dos passageiros. Outros imitam personagens como Schwarzeneger ou Elvis”, acrescenta. “Outros cantam como o tema de Beverly Hillbillies, e temos alguns que fizeram um rap” finaliza. Algumas empresas passam um vídeo contendo as instruções de segurança, solicitando atenção dos passageiros em alguns casos, ou pelo menos que permaneçam em silêncio durante a exibição.
Embora já esteja claro que as pessoas que prestam atenção às mensagens têm maior probabilidade de sobreviver, as demonstrações ainda tendem a passar despercebidas. Uma garota de 13 anos que sobreviveu ao acidente do vôo 1420 da American Airlines, que “varou” a pista em Little Rock, Arkansas, em Junho de 99 e matou 11 pessoas, disse aos investigadoresque ela sabia usar a máscara de oxigênio por ter ouvido as instruções dos comissários.
A mascara não funcionou, mas ela escapou por uma fenda da fuselagem enquanto a traseira da aeronave queimava. Uma mulher sabia, pelas instruções, que a saída de emergência mais próxima era atrás do seu assento. Mas ela preferiu deslocarse para frente da aeronave e escapou por um buraco aberto na fuselagem. No total 134 pessoas sobreviveram.Numa colisão ocorrida em 1991 em Los Angeles, Califórnia, entre um avião da US Air e outro da Skywest, os passageiros atribuíram a uma demonstração especial feita a um grupo que viajava próximo à janela de emergência, o sucesso da tentativa de saírem do avião: 34 pessoas morrerram e 67 se salvaram no acidente.

SOBREVIVENDO AO ACIDENTE

Dados coletados e estudados este ano pelo FAA, mostram que 96% das pessoas sobreviveram aos acidentes domésticos desde 1983 até 2000. Mesmo em acidentes graves, envolvendo destruição estrutural do avião, fogo e outros cenários caóticos, registrou-se que aproximadamente 56% dos passageiros se salvaram.
O FAA começou a veicular anúncios aconselhando as pessoas a dispensarem maior atenção às instruções de segurança e tem trabalhado com as empresas aéreas, para conseguir maior empenho dos passageiros no tocante ao assunto. A confiança na segurança das aeronaves tem contribuído para que as pessoas se tornem apáticas em relação às instruções dadas pelos comissários e aos folhetos deixados a bordo com instruções de segurança.“ Eu me sinto à vontade dentro de um avião”, diz, um representante de vendas que já voou dezenas de milhares de milhas sem acidentes. Ele diz que se sente culpado quando não dá ouvidos às demonstrações de segurança, e que, por vezes, finge interesse para incentivar a atenção de passageiros menos experientes. É sempre necessário pressionar os passageiros a prestarem atenção. “ Eu não chego a ler os cartões, mas presto atenção às encenações dos comissários” diz um analista do departamento de educação de Washington.

POR MAIS EXPERIENTE QUE VOCÊ SEJA, DEVE PRESTAR ATENÇÃO...

Uma comissária e agente de segurança da Association of Flight Attendants cita razões para que até os viajantes veteranos dediquem atenção às instruções:
• As saídas de emergência não são iguais e nem estão localizadas na mesma posição em todas as aeronaves;
• Os coletes salva vidas inflam da mesma maneira e quanto mais o passageiro souber sobre máscaras de oxigênio, mais rápido poderá ser a evacuação.
Ela notou que os passageiros ficam mais interessados após tomarem conhecimento de notícias sobre acidentes aéreos, mas o interesse se desvanece rapidamente. Por vezes, quando os passageiros da classe executiva, onde trabalha, não estão prestando atenção ela dá uma reprimenda; “Olá, eu ainda estou aqui...”.
Conclusões
Os participantes dos estudos sugeriram alguns métodos para atrair a atenção dos passageiros:
• Confecção de instruções mais interessantes e variadas;
• Mencionar explicitamente, logo na introdução, a importância da instrução de segurança de vôo;
• Utilizar SPEECH do Comandante para reforçar a importância da instrução;
• Evitar instruções apressadas e sem motivação; liderança e credibilidade devem ser estabelecidas logo no início, por um comportamento confiante, uma conduta agradável e demonstração de conhecimento profissional das características de segurança da aeronave;
• Os comissários de vôo devem demonstrar entusiasmo pelo assunto durante toda a apresentação das instruções de segurança;
• Os comissários de vôo devem ter em mente que a primeira impressão passada ao passageiro é a que fica.

Esta matéria é uma adaptação do original:
Dailynews

02 novembro 2005

Fotos gentilmente enviadas pelo meu AAA - Wellington.

A febre - Airbus 380....

Fotos de um vôo em formação de um A380 e um A340-600






O povo não perde tempo....

Aeromodelo do Airbus 380






Leia a matéria completa sobre o primeiro teste de pouso e decolagem do Airbus 380 e assista o video.

É só clicar aqui

01 novembro 2005

Pessoas queridas...

Através da aviação eu tive a oportunidade de conhecer pessoas fantásticas, e hoje gostaria de falar especialmente de um jornalista chamado Moacyr Castro.
Hoje ele é cronista do Jornal Correio Popular, mas na década de 70 ele cobria os acontecimentos "aéreos" por todo Brasil. Passava boa parte de sua vida nos aeroportos e conhece como ninguém a rotina dos tripulantes.
Eu gostaria de usar esse espaço para agradecer a força e o carinho que ele tem dedicado ao meu livro e a mim.
Hoje saiu no Jornal Correio Popular de Campinas-SP uma crônica escrita por ele sobre mim.
Fiquei emocionada com a homenagem e quero compartilhar com todos vocês.
Clique aqui e leia o texto na íntegra

Moacyr: Um beijo no coração e mais uma vez obrigada!!!!!