21 novembro 2005

Na última quinta, estive ao vivo no Programa Receita de Casa da TV Local – Net Campinas.
Adorei a experiência, foi acima de tudo muito divertido.
Quero agradecer a atenção da Larissa, Rogério e a simpatia da Fernanda, apresentadora do Programa, além de deixar um abraço para o Srek que participou ativamente da entrevista.
E também a todos vocês que participaram com perguntas por telefone e email.
Aproveitando um dos assuntos levantados no programa, coloco abaixo um texto bastante interessante sobre a história das mulheres piloto no mundo.


História da Aviação Feminina no Mundo
Fonte: Women Aloft, by Valerie Moolman. Time -Life Books


O BALÃO
Elisabeth Thible, de Lyons, França, foi a primeira mulher a embarcar em um balão, em 1784. Ela foi a primeira passageira. O seu primeiro vôo foi também o seu último, porém seu entusiasmo contagiou várias mulheres que seguiram seus passos e tornaram-se profissionais do vôo com o balão.
Jeanne Labrosse, fez seu primeiro vôo solo sobre a França em 1798, seguida por Madeleine Sophie Blanchard que fez o seu vôo solo em 1805. Ficou famosa em vôos de demonstração. Ela foi nomeada oficialmente por Napoleão, "Aeronauta do Império" . Já em 1834 existia um total de 22 destemidas aviadoras.
Na Inglaterra, Margaret Graham trabalhou durante 30 anos levando passageiros em seus vôos e em 1886, a americana Mary H. Myers bateu o recorde de altitude, voando a 23.000 pés sem o auxílio de oxigênio.

O DIRIGÍVEL
Em 1903, a aviadora cubana Aida de Acosta pilotou o "Dirigível número 9" de Alberto Santos-Dumont , em Paris.

OS AVIÕES
Em 8 de março de 1910, a francesa Raymonde de Laroche, conhecida como Baronesa de Laroche , tornou-se a primeira mulher no mundo a receber um brevê do "Aero Club de France" pilotando o "Voisin".
No mesmo ano a belga Hélène Dutrieu recebeu sue brevê e ficou famosa ao fazer vôos de longa distância e batendo recordes de altitude. Inclusive na Itália, venceu uma corrida aérea onde era a única mulher.
Outras aviadoras surgiram, como a inglesa Edith Spencer-Kavanaugh e a primeira aviadora americana a voar solo, oficialmente, Bessica Reiche em 16 de setembro de 1910, em seu biplano. Ela recebeu a medalha "Primeira Aviadora da América", concedida pela Sociedade Aeronáutica dos Estados Unidos.
Harriet Quimby , a famosa aviadora americana que atravessou o canal da mancha em 1912, possuía o brevê americano número 1 e Matilde Moisant o número 2.
Na Alemanha, em 1912, Melli Beese inaugurou uma escola de pilotagem. Assim como ela, muitas treinaram homens para a Primeira Guerra Mundial, como a inglesa Hilda Hewlett e a americana Marjorie Stinson.
Durante a Primeira Guerra Mundial, algumas mulheres voaram como pilotos de reconhecimento. Na França, Hélène Dutrieu e na Rússia a Princesa Eugenie Mikhailovna Shakhovskaya.
Em 1921, duas mulheres se destacaram no cenário americano, Bessie Coleman e Laura Bromwell, ambas foram as primeiras mulheres negras a obterem brevê.
Logo após o vôo transatlântico de Charles Lindbergh, em 1927, muitas mulheres se propuseram a também atravessar o atlântico. Amelia Eahart, que obteve seu brevê em 1921, voou sobre o atlântico, como passageira, a bordo da aeronave "Friendship", em 1928. Ela participou de várias corridas e quebrou vários recordes.
Em 1931, Amelia fez seu primeiro vôo solo sobre o atlântico.
Em 1937, Amelia decolou da California com destino a ilha de Howland e desapareceu.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha e na Rússia, algumas mulheres se destacaram efetuando vôos para o campo de batalha e vôos de testes como Hanna Reitsch e Melitta Schiller. Hanna, famosa piloto de testes, recebeu de Hitler o título de "Flugkaptän" - Comandante de Vôo.
Marina Raskova, uma das pilotos russas mais experientes, foi chamada pelo alto comando para recrutar 3 regimentos de aviadoras. A Major Raskova formou pilotos nos caças YAK-1, YAK-3 e YAK-9. Elas faziam missões diurnas, noturnas, de combate e de bombardeiros. Valentina Grizodubova comandou 300 homens de um esquadrão noturno de bombardeiro.
Nos Estados Unidos, naquela época*, as aviadoras eram autorizadas a fazer apenas vôos de translado. Havia mais de 1.000 aviadoras americanas que faziam parte das WASPs, "Women's Airforce Service Pilots" que voavam desde AT-6 ao B-25.
No total, as WASPs entregaram 12.650 aeronaves de 77 tipos diferentes.
Próximo ao final da Guerra, as pilotos inglesas da "ATA" (Air Transport Auxiliary), transladaram centenas de aviões através do canal da Mancha.
Na Aviação Comercial Mundial, a primeira mulher a ser admitida como piloto foi Helen Ritchie, americana que ingressou em 13 de dezembro de 1934 na "Central Airlines".
A Segunda Turi Wideroe, foi admitida pela SAS em 1961.
Emily Howell Warner, foi admitida pela Frontier Airlines em 29 de janeiro de 1973.
Foi a primeira mulher piloto a fazer parte da ALPA (Air Line Pilots Association), assim como tornou-se a primeira Comandante de uma empresa aérea nos Estados Unidos. Trabalha na FAA (Federal Aviation Administration) e na United Airlines, como Gerente de Programas para a frota do B737.

* Hoje em dia, as pilotos militares americanas realizam missões completas, tanto apoio como combate.

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